O velho e o novo

Leviano seria dizer que o velho não presta e que o novo traz mais arrojo, possibilidades e um colorido sem igual.

É leviano porque o velho já foi novo e o novo nem pensava em existir.

Na verdade, tudo faz parte de um ciclo, que hora sim, hora também, algo sempre será destituído em favor de um outro “algo” com maiores recursos e, usando um termo mais moderno, mais aplicativos.

Mas isso quer dizer que o velho é obsoleto e descartável? Não, de forma alguma. Por conta disso é leviano afirmar tal condição. Afinal, uma coisa é algo ser descartável, outra coisa é ser substituído.

Contudo, melhor ainda é quando há uma renovação, a famosa repaginada dos “dias contemporâneos de hoje”, onde sabiamente, o velho é renovado pela sua agregação à existência do novo e vice-versa.

Sim, por que não? O velho é a raiz da árvore milenar e o novo são os saborosos frutos que vão sendo continuamente ofertados, mediante a renovação citada.

Em priscas eras um computador ocupava um andar de um edifício. Hoje ele se aloja em locais inimagináveis onde o sol não alcança. Renovação.

Portanto, o velho é experiência, maturidade, segurança pela vivência adquirida. Ou seja, não é velho, afinal velho é trapo.

O novo é sagacidade em 220v, ação contínua (muitas vezes desordenada), arrojo e doses de impertinência até. Mas, como visto, é infante e sem experiência. Precisa de solidez. Precisa do velho.

Um dá vida ao outro numa simbiose perfeita e sem nariz torto, bastando apenas a observância da utilização e mescla de ambos.

O velho é o maduro, o novo o broto. Um sustenta o outro e o fruto disso é ação contínua em doses singulares de eficiência natural.

Portanto, o novo envelhece e o velho apodrece se não receberem a atenção adequada.

Mas o novo se estabiliza e o velho sustenta quando a boa dose de discernimento e valores estão harmonicamente coesas.

A sã doutrina só é sã porque o velho, nosso querido Santo Velho, é o Evangelho e com isso, Aquele no qual é mencionado nas linhas vivas dos quatro livros é quem renova todas as coisas.

Não joguem o velho fora em detrimento do novo. Joguem fora sim, na geena do fogo, o que não presta para uma vida renovável e renovada com Jesus.

Com isso, Ele nos proporcionará o Milagre da Reciclagem Divina, a renovação das vidas através de seu velho Evangelho.

Em Jesus,

Caboclo Pena Branca