Prova de Amor

A prova de amor ganhou proporções diversas no correr dos tempos.

Houve-se tempo em que uma jóia era uma prova de amor, outras, um furtivo beijo roubado ou então a escritura de um imóvel no nome do consorte.

Entretanto, quando a prova de amor abrange um ato racional, mas aos olhos da ferocidade do mundo, visceral, essa prova passa a ser questionada e rotulada.

Vem-se as abrangentes especulações de loucura, insanidade, desequilíbrio e até o leviano comentário onde se diz que o autor da prova buscava chamar a atenção sobre si mesmo, ante às pessoas.

Jesus, inegavelmente, chamou não só a atenção sobre o povo, mas de toda uma egrégora espiritual, pois foi para isso que este se entregou, no já tão falado, ato de remissão de nossos pecados.

Ainda, naquele tempo, provocou zombaria e despeito junto aqueles que, por eles, o Cristo rogava ao Pai que os perdoasse, pois infantes que eram, não sabiam o que faziam.

Sabiam apenas que insuflados em seu ego, deram provas cabais de quão pequenos somos e quão distantes estamos de compreender uma prova de amor.

Uma mãe, ante Salomão, preferiu entregar seu filho a uma desconhecida, para não vê-lo morto, dividido ao meio, ante a sabedoria cognitiva do filho de David.

Outra, num conto alegórico, pede a Deus para purgar no inferno junto com seu filho, após esse mesmo Deus ter condenado o rapaz ao infinito sofrimento purgativo.

Provas de amor…

E Jesus deu-se por nós que até hoje ainda recalcitramos ante ao aguilhão quando romanos, fariseus e escribas vêm nos acusar, cobrar ou questionar posturas. Posturas essas deixadas, em berço esplêndido, diga-se o nosso ser, por Jesus.

Nosso sacrifício hoje é outro. Nosso holocausto, paixão ou dor ganhou outros cunhos, mas independentes da figuração ou tamanho, nos conclamam à prova de amor.

Para se dar a prova, requer-se saber a fórmula e estar embebido dela. A fórmula é o Evangelho e o Alquimista, Jesus.

Hoje marca a data de sua prova de amor e todos nós, sem exceção, seremos reconhecidos por seus discípulos por cumprirmos os mandamentos que “encerram as Leis e os Profetas”.

Vamos amar sem palavras ou gestuais infrutíferos que nada mais fazem que preencher, provisoriamente, lacunas que só Jesus pode encher com Seu Ardor.

Que a prova de amor comprometida conforme prometida esteja ressurreta em suas vidas, exemplificando-a na sua jornada em função Daquele que se deu por nós.

Em Jesus,

Caboclo Pena Branca da Matavirgem